
Transformando a Experiência Digital na Saúde Pública (SaaS)
Introdução
Entre 2022 e 2025, atuei como UX Designer fundador na plataforma "Saúde Digital", um sistema SaaS de larga escala voltado à gestão pública da saúde — utilizado em contextos como UBS, pronto atendimento, mobilidade em campo e monitoramento de dados estratégicos.
Com mais de 54 projetos finalizados (incluindo 3 produtos do zero), liderei iniciativas que envolveram desde a arquitetura de telas até a criação de fluxos complexos para múltiplos perfis de usuário, respeitando regras de gestão pública, ambientes ágeis e fortes limitações técnicas.
Além do design de interfaces, participei de testes com usuários da área da saúde, entrevistei consultores técnicos e criei ferramentas internas para elevar a maturidade de UX na empresa.
Pain Points e Frustrações
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Acessibilidade em camadas complexas de usuários
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Equilíbrio entre agilidade, qualidade e compliance público
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Harmonia entre objetivos do cliente e dores reais dos usuários
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Restrições técnicas e legados de arquitetura rígida
Essa experiência consolidou minha capacidade de entregar valor real mesmo sob pressão, aliando visão sistêmica, escuta ativa e pragmatismo de produto.
Impacto Estimado (dados reais + projeções validadas)
Satisfação geral de uso
+40%
Erros de preenchimento
-25%
Tempo por tarefa
-25%
Uso real em tablets
+50%
Clareza na navegação
+40%
Carga cognitiva visual
-25%
Confiança na interface
+30%
Produtividade nas rotinas
+30%
Aderência a WCAG
+45%
Confiança no sistema
+80%
Nível de Sucesso Geral (estimado): 85%
Resultado calculado com base ponderada entre indicadores estratégicos (como satisfação do usuário, redução de tempo, produtividade, clareza, acessibilidade e percepção institucional), combinados a análises heurísticas e qualitativas. Reflete um impacto sólido e distribuído nos principais pontos de dor do sistema original.
*As métricas são estimativas conservadoras com base em testes, análises heurísticas e feedbacks. Os resultados reais podem variar — e tendem a ser ainda maiores com ampla adoção.
Conquistas
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Implantação de cultura data-driven e user-centered
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Otimização de fluxos críticos de sistemas públicos
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Ampliação da acessibilidade e usabilidade multitelas
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Educação em UX Research e processos de design
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Aumento do valor estratégico da UI
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Redução de atrito, erros e tempo em tarefas operacionais
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Alinhamento de produto, design e desenvolvimento em um ecossistema complexo
Mini Cases
01 - Aplicando Hierarquia Visual no Prontuário Médico
Desafio
A tela do prontuário médico — substituta das antigas fichas físicas — era extensa, pouco organizada e dificultava a navegação de perfis distintos, como: médicos, enfermeiros, gestores, etc. O framework front-end legado era rígido e impedia alterações profundas no layout, gerando uma experiência confusa e cansativa.
Solução
Criei uma abordagem modular com foco em escaneabilidade e organização visual. Reestruturei tanto o cabeçalho principal do sistema quanto o cabeçalho secundário (específico do prontuário), garantindo harmonia entre os níveis de navegação e reduzindo a carga cognitiva.
Implementei contêineres com títulos proeminentes, respiros visuais e distribuição estratégica dos campos — permitindo que cada profissional encontrasse rapidamente as informações relevantes, sem excesso de elementos ou ruídos na interface.
Impacto
A nova hierarquia facilitou a rotina de perfis diversos e passou a servir como modelo visual para outras telas da plataforma.
A estrutura modular otimizou decisões de design e desenvolvimento, elevando a consistência e acelerando a entrega.
Segundo relato interno, a aquisição de um cliente foi influenciada pela percepção positiva da nova interface.
Palavras-chave: Hierarquia Visual · UI Design · Arquitetura da Informação · Prontuário Médico · Acessibilidade · Design Modular

02 - Mapa de Indicadores Geoespaciais para Gestão Pública
Desafio
Como apresentar, de forma acessível e estratégica, dados urbanos complexos (como população, saúde, educação, infraestrutura e dados em tempo real) em um mapa interativo que permitisse a leitura por gestores públicos com diferentes níveis de entendimento e tomada de decisão?
Solução
Participei de todo o ciclo, desde o discovery até a entrega do MVP, colaborando com o CEO, PO e especialistas em saúde para entender como cruzar dados públicos (como IBGE) com os bancos da própria empresa.
A principal proposta era organizar informações densas e obrigatórias em tela de forma clara e acionável. Para isso, estruturei a interface por setores visuais bem definidos, garantindo escaneabilidade e acessibilidade às informações essenciais.
Painéis de dados gerais e por área foram posicionados lado a lado, favorecendo análises rápidas e contextualização visual. Trabalhei com hierarquia de informação precisa, priorizando o que era crítico para a tomada de decisão.
Criei wireframes rápidos no papel e prototipei diretamente no Figma, com alta fidelidade e lógica interativa (variáveis e condicionais) — simulando uma experiência realista para apresentação ao mercado. Os mapas permitiam explorar dados por cidade, imóvel, morador ou eventos de saúde, como surtos de dengue — tudo com filtros interativos e visualização georreferenciada.
Impacto
O MVP foi apresentado a possíveis clientes com recepção positiva. A interface altamente navegável e a identidade visual unificada (também desenvolvida por mim) reforçaram a percepção de inovação, clareza e profissionalismo.
A ferramenta ajudou a transformar dados densos em diagnósticos visuais simples e acionáveis sobre a saúde da cidade — tornando-se um recurso estratégico, intuitivo e amigável para a tomada de decisão no setor público.
Palavras-chave: Product Design · Dados Geoespaciais · Visualização de Indicadores · Figma Interativo · UX Estratégico · Gestão Pública
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03 - Rebranding Visual com Psicologia das Cores
Desafio
O uso predominante da cor laranja no sistema causava fadiga visual e dificultava a leitura em longas sessões. O contraste entre texto e fundo violava diretrizes de acessibilidade (WCAG), especialmente para profissionais da saúde com longas jornadas diante da tela.
Solução
Com base nas diretrizes da WCAG, princípios da psicologia das cores e relatos recorrentes de desconforto visual, propus a substituição do laranja por um tom verde-azulado — uma paleta que evoca equilíbrio, saúde e tranquilidade.
A mudança foi projetada tanto para promover o bem-estar visual em longas jornadas de uso, quanto para reposicionar a percepção da marca, transmitindo maior clareza, profissionalismo e confiança na plataforma.
Impacto
A nova paleta foi amplamente aprovada, adotada como parte do branding geral da plataforma. Profissionais relataram alívio visual e maior conforto durante o uso diário. A combinação cromática também melhorou a percepção de modernização e confiança no sistema.
Palavras-chave: Acessibilidade · Psicologia das Cores · UI Design · Branding · WCAG · Saúde Pública

04 - Design Responsivo para o Uso em Campo
Desafio
A plataforma Saúde Digital era usada majoritariamente em desktop, mas os profissionais da atenção básica realizavam atendimentos diretamente nas residências dos cidadãos — e precisavam de uma experiência funcional em tablets ou celulares. A navegação, no entanto, quebrava o layout e comprometia a usabilidade.
Solução
Ao mapear o fluxo de um módulo que seria utilizado em tablets por agentes da atenção básica, identifiquei que os cabeçalhos de configurações gerais e de navegação dificultavam o acesso tanto a esse novo módulo quanto às demais telas do sistema.
Redesenhei os dois principais cabeçalhos, adaptando-os para dispositivos móveis com foco em responsividade, acessibilidade e interações por toque. Mesmo com limitações técnicas na stack, adaptei o design às capacidades reais do sistema, garantindo consistência visual e integridade funcional.
Impacto
A nova estrutura facilitou o uso em campo por profissionais da atenção primária, tornando a navegação mais fluida, responsiva e acessível.
Embora sem testes diretos em campo, os ajustes foram validados pela equipe de QA, e o time interno relatou uma melhora perceptível na consistência de uso entre dispositivos, reforçando a versatilidade da plataforma.
Palavras-chave: Mobile First · Design Responsivo · UI Adaptativa · Atenção Básica · Experiência em Campo · Saúde Pública

05 - Capacitação em UX Research para o Time de Produto
Desafio
As pesquisas com usuários eram baseadas em pedidos diretos e explícitos, dificultando o entendimento profundo das reais necessidades e contextos de uso. Essa abordagem limitava a qualidade dos insights e comprometia a assertividade das soluções propostas.
Solução
Criei um infográfico educativo e conduzi uma apresentação didática para stakeholders. O material, entregue via Figma e PDF, explicava como extrair insights relevantes a partir de dores, comportamentos e motivações — e não apenas desejos declarados.
Apresentei exemplos de perguntas estratégicas, boas práticas em entrevistas e técnicas de escuta ativa, promovendo uma visão mais empática e investigativa no processo de UX Research.
Impacto
O material foi bem recebido e gerou mudança real na abordagem dos times em conversas com usuários. Passou-se a priorizar contextos e motivações ao invés de solicitações diretas, aumentando a qualidade das entregas de produto e a empatia no processo de discovery.
Palavras-chave: UX Research · Estratégia de Produto · Capacitação de Times · Infográfico Educativo · Discovery

06 - Suavização do Login Multietapas
Desafio
O fluxo do primeiro login continha 4 etapas. Além da sensação de espera prolongada, a interface apresentava inconsistência visual, baixo apelo estético e uma aparência amadora — o que gerava atrito logo no primeiro contato com a plataforma.
Solução
Implementei uma nova tela final com imagem desfocada do sistema ao fundo — simulando visualmente que o usuário já estava “dentro”. Essa antecipação reforçou a percepção de progresso. Também padronizei elementos visuais (ícones, cores, tipografia) seguindo heurísticas como visibilidade do status, consistência e padronização e design minimalista.
Impacto
O novo design passou a transmitir maior profissionalismo e confiança, melhorando a percepção da plataforma já na entrada. A interface foi bem recebida internamente e adotada como padrão visual para outras telas de login.
Validada pela equipe de QA, a nova experiência demonstrou mais clareza e conforto, reduzindo a sensação de lentidão — mesmo sem alterar o tempo real de carregamento.
Palavras-chave: Login Flow · Microinterações · Heurísticas de Usabilidade · UX/UI Design · Percepção Cognitiva

07 - Padronização de Handoff com Figma e Documentação Estratégica
Desafio
A ausência de um processo padronizado de handoff entre design e desenvolvimento gerava dúvidas, inconsistências visuais e retrabalho. Problemas como desalinhamento de espaçamentos, cores, iconografia, tipografia, elevações e comportamentos interativos eram comuns.
Solução
Implementei o Figma como ferramenta oficial de design e documentação. Antes da chegada do Dev Mode, documentei manualmente regras visuais, tokens, comportamentos e fluxos interativos.
Com a adoção do modo de inspeção, o processo foi simplificado, mas segui adicionando anotações contextuais e protótipos navegáveis para microinterações e fluxos críticos. Todas as tarefas foram integradas ao Jira, garantindo rastreabilidade clara entre design e desenvolvimento.
Impacto
A padronização no uso do Figma aumentou a consistência visual, reduziu ambiguidades e elevou a produtividade do time.
Com menos retrabalho e maior alinhamento entre design e devs, as entregas se tornaram mais fluídas e previsíveis.
Além de melhorar o processo de desenvolvimento, a plataforma também fortaleceu o trabalho estratégico da equipe de produto e dos stakeholders — facilitando validações, cocriações, construção de jornadas de usuários, fluxogramas e definição de escopos. O Figma tornou-se uma ferramenta central não apenas para interface, mas também para planejamento e alinhamento tático entre times.
Palavras-chave: Design Handoff · Figma Dev Mode · Design System · Colaboração Interdisciplinar · Produtividade

08 - Repositório de Pesquisa para o Time de Produto
Desafio
A equipe enfrentava ruídos na comunicação com os usuários finais. Feedbacks chegavam de forma fragmentada, passando por várias camadas e perdendo contexto e profundidade. Não havia um repositório estruturado de pesquisa, nem uma cultura consolidada de escuta ativa.
Solução
Como iniciativa própria, idealizei uma plataforma de UX Research com arquitetura dual: de um lado, usuários podiam deixar feedbacks espontâneos, desabafar frustrações e fazer sugestões de forma acolhida; de outro, a equipe interna acessava um dashboard com dados visuais, categorizados e acionáveis — facilitando análises, métricas e decisões.
Havia uma inteligência por trás das etapas de categorização: o fluxo de perguntas guiadas funcionava como uma entrevista de UX remota, gerando dados qualificados que revelavam não apenas o problema em si, mas também a dor e o contexto real do usuário.
O MVP foi desenvolvido em Figma, FlutterFlow e Firebase, com 77 telas responsivas, baseando-se em princípios de acessibilidade e um banco de dados escalável. Elementos visuais como ícones, cores e agrupamentos facilitavam a navegação para públicos com baixo letramento digital — validação confirmada em testes reais, incluindo uma pessoa com baixa visão que destacou a eficácia das categorias visuais.
Impacto
A apresentação inicial expôs problemas reais de comunicação e despertou a atenção da equipe. O projeto foi autorizado como experimento, mas não integrado ao sistema por receio de sobrecarga de críticas. Ainda assim, serviu como gatilho para debates sobre cultura centrada no usuário, inovação e estruturação de conhecimento interno.
Palavras-chave: UX Research · Design Estratégico · Inteligência Coletiva · Banco de Dados de Feedback · MVP · Cultura de Produto
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